Escola Inclusiva




Unidades de ensino estruturado

As unidades de ensino estruturado foram criadas com a finalidade de incluir crianças que apresentem perturbações que podem ser enquadradas no espectro autista, independentemente do grau de severidade ou de manifestarem outras perturbações associadas. Uma unidade de ensino estruturado poderá ser criada em qualquer nível de ensino pelo que todas as crianças, qualquer que seja a sua idade, poderão usufruir destas.

Estas crianças têm necessidade de frequentar estas unidades devido às suas dificuldades cognitivas e comportamentais, pois nestas é prestado um apoio diferenciado e adaptado à especificidade de pensar e aprender de cada um.

Estas unidades têm como objectivos:


As equipas responsáveis pela orientação destas unidades são constituídas por: familiares, técnicos de saúde e educação, órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas ou escolas e, se necessário, serviços da comunidade.

O ensino estruturado consiste num dos aspectos pedagógicos mais importantes do Modelo TEACCH. Este modelo tem como propósitos o ensino de capacidades de comunicação, organização e prazer na partilha social. Dá também ênfase às competências encontradas nas pessoas com PEA tais como: processamento visual, memorização de rotinas funcionais e interesses especiais.

A estruturação externa do espaço, do tempo, dos materiais e das actividades é fundamental para promover uma organização interna e diminuir a ocorrência de comportamentos desadequados facilitando a aprendizagem.

Unidades especializadas em multideficiência

As unidades especializadas em multideficiência foram criadas para alunos que apresentam acentuadas limitações no domínio cognitivo, associadas a limitações no domínio motor e/ou no domínio sensorial (visão ou audição), e que podem ainda necessitar de cuidados de saúde específico (Drelove, Sobsey e Silberman, 2004; Saramago e tal, 2004) o que os leva a experienciar graves dificuldades no processo de aprendizagem e na participação nos diversos contextos: educativo, familiar e comunitário.

O ponto mais importante e simultaneamente mais desafiante na educação destes alunos é que estes experienciem actividades significativas que acabem por ir ao encontro daquilo que os outros colegas sem NEE desenvolvem, isto é, que estas experiências sejam idênticas e que simultaneamente respondam às necessidades de cada um permitindo que a aprendizagem seja adequada às suas capacidades. É ainda conveniente que estas experiências sejam realizadas nos contextos naturais, incluído o contexto de sala de aula.

Assim, nestas unidades especializadas em multideficiência a educação destes alunos deve seguir modelos centrados não só no seu desenvolvimento, mas também na actividade e na participação em ambientes significativos independentemente das capacidades do aluno e mesmo que isso represente participarem com auxílio total ou parcial na actividade. Torna-se igualmente necessário que as suas oportunidades de aprendizagem tenham como base experiências da vida real e que todo o seu plano interventivo se foque na comunicação, na orientação e na mobilidade.
O ensino regular é um direito de todas as crianças e por isso as salas não deverão ter pré-requisitos. Além disso a inclusão de alunos com NEE no ensino regular é uma vantagem tanto para os alunos com NEE – que imitam o bom comportamento dos outros e são estimulados por estes, como para os alunos sem NEE – apresentam maiores níveis de atenção, de envolvimento na tarefa e melhores resultados na aprendizagem. Isto verifica-se pois o ambiente nestas salas é mais estruturado, há um maior controlo e existe um desenvolvimento da responsabilização entre alunos.



Bibliografia:
- ESTSP-IPP. (2008). Slides disponibilizados pela Terapeuta Mónica Maia: Unidades de ensino estruturado.
- ESTSP-IPP. (2008). Slides disponibilizados pela Terapeuta Mónica Maia: Unidades especializadas em multideficiência.

- http://olharessobreainclusao.blog.com/719426/. Consultado dia 15 de Janeiro de 2009 pelas 17h15.
- http://educacaoespecial.madeira-edu.pt/Portals/8/panfleto_informativo.pdf. Consultado dia 15 de Janeiro de 2009, pelas 17h43.

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