Teoria da Mente

Na tentativa de procurar compreender os mecanismos envolvidos na sintomatologia do autismo, muitas teorias têm sido consideradas.

Em comparação com as teorias afectivas que consideram um défice inato na capacidade de estabelecer uma relação afectiva com os outros, a teoria da mente, considera que os sujeitos com autismo têm um défice na capacidade de estabelecer representações dos estados mentais das outras pessoas (Happé, 1998)

Mas, afinal, o que é isto?

De forma sucinta, a Teoria da Mente é definida como:



Esta designação foi utilizada pelos psicólogos infantis para descreverem o desenvolvimento ontogenético das perspectivas mentais assumidas pelas crianças e jovens e também pelos psicopatologistas a partir dos quais o conceito de alteração da teoria da mente foi muito utilizado para explicar os sintomas das crianças com quadros autísticos, tendo mesmo sido estendido a quadros psiquiátricos nos adultos com sintomas psicóticos – como, p. ex., a esquizofrenia – e desvios comportamentais de perturbações que afectem o lobo frontal.

Segundo vários autores, todas as pessoas que apresentam uma perturbação do desenvolvimento do tipo autista têm consequências importantes na sua personalidade e na relação social, e isto deriva do facto de haver um défice concreto e específico na Teoria da Mente. Outra marca desta teoria está no facto de o sujeito com autismo possuir uma dificuldade em manter o contacto visual em relação à expressão facial, e com isto, em compreender as emoções dos outros.

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