Nutrição

O autismo é um distúrbio neurológico com deterioração progressiva na interacção social e na linguagem, apresentando padrões repetitivos de comportamento. Ainda sem causa conhecida, esta perturbação apresenta anormalidades no sistema límbico e cerebelar, estruturas importantes no controlo motor e emocional do ser humano. Além desta anormalidade, observa-se também, uma alteração metabólica direccionada para a importância de alguns nutrientes na alimentação do autista. Isto deve-se, principalmente, à detecção de elevados níveis de algumas substâncias no sangue que são: gluteomorfina e caseomorfina, peptídeos derivados da proteína do glúten e da caseína respectivamente. Estes peptídeos apresentam similaridade às substâncias opióides e às suas acções no sistema nervoso central. Também promovem outros efeitos, tais como: redução do número de células nervosas do sistema nervoso central e inibição de alguns neurotransmissores. De acordo com os dados observados, as substâncias opióides são derivadas de algumas proteínas da alimentação comum, tais como: o glúten e a caseína.
Portanto, com a eliminação padronizada e controlada dos alimentos que promovem a formação das substâncias similares aos opióides da dieta dos autistas, denota-se uma melhora significativa na sociabilidade e comunicação destes pacientes. Diante de todas as implicações do distúrbio neurológico e metabólico do autista, este tratamento deve ser aplicado de forma interactiva e multidisciplinar, sendo a nutrição um importante contribuinte no somatório para melhoria nas características e nos sintomas da desordem autista.





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